quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Spiritual
( Para Jessye Norman )
Nas mãos,
poetas guardam pássaros
ao amanhecer.
Livres,
os olhos soltam azuis,
tingem alvuras nos céus.
Nos lábios,
palavras de agradecimento.
A vida volta em múltiplas cores e formas,
almas acordam madrugadas,
novas são as manhãs.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Recados
Troquei os tapetes,
os móveis e as toalhas.
Há luz atrás das cortinas,
o azul nas paredes do quarto
é o mesmo azul que gostavas.
As porcelanas são mais leves e claras.
Sinto a esperança na eternidade das manhãs.
Novas são as flores para alegrar a sala.
os móveis e as toalhas.
Há luz atrás das cortinas,
o azul nas paredes do quarto
é o mesmo azul que gostavas.
As porcelanas são mais leves e claras.
Sinto a esperança na eternidade das manhãs.
Novas são as flores para alegrar a sala.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
O Galo
Ciscou a lama das margens,
cantou versos de lâmina,
cortando o verde da relva
no vai-e-vem das manhãs.
cantou versos de lâmina,
cortando o verde da relva
no vai-e-vem das manhãs.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Ausências
Sem ti,
os dias são desbotados.
Os talheres e as taças,
giram no vazio da casa,
sem o cheiro das frutas,
delícias que guardavas.
Lá fora, dentro da noite,
poemas nascem no orvalho.
Secos, meus olhos se abrem,
choram na casa vazia,
contemplam os pés cansados
e as mãos quebradas.
os dias são desbotados.
Os talheres e as taças,
giram no vazio da casa,
sem o cheiro das frutas,
delícias que guardavas.
Lá fora, dentro da noite,
poemas nascem no orvalho.
Secos, meus olhos se abrem,
choram na casa vazia,
contemplam os pés cansados
e as mãos quebradas.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Poema da Lucidez
A poesia nasce entre fumaças,
e revela-se nas sombras,
quando os dedos,
batucam talheres e taças,
sobre as mesas.
Apressados e confusos,
passos perdem o ritmo.
Homens e mulheres chegam,
sufocam as horas na cachaça
e no cheiro dos cigarros.
A noite passa ligeira,
se entrega às palavras,
cortadas e bêbedas.
Na penumbra,atrás da porta,
o poeta respira em silêncio.
Ao luar,mais um poema,
escrito na lucidez.
e revela-se nas sombras,
quando os dedos,
batucam talheres e taças,
sobre as mesas.
Apressados e confusos,
passos perdem o ritmo.
Homens e mulheres chegam,
sufocam as horas na cachaça
e no cheiro dos cigarros.
A noite passa ligeira,
se entrega às palavras,
cortadas e bêbedas.
Na penumbra,atrás da porta,
o poeta respira em silêncio.
Ao luar,mais um poema,
escrito na lucidez.
Baforadas
Há sempre um verso na agulha,
e palavras ferindo a alma...
Desbotadas,
as cores se vão nas fumaças
e nas cinzas dos cigarros.
Fumamos a vida inteira,
entre automóveis,
pessoas apressadas
e desgarradas de Deus.
e palavras ferindo a alma...
Desbotadas,
as cores se vão nas fumaças
e nas cinzas dos cigarros.
Fumamos a vida inteira,
entre automóveis,
pessoas apressadas
e desgarradas de Deus.
Conselhos
Ouça as promessas
fotografadas no mês de outubro.
Calce sapatos de nuvem,
siga as borboletas
e esconda-se no azul,
desenhando formas
inspiradas no olhar dos mitos
devorando os mares.
fotografadas no mês de outubro.
Calce sapatos de nuvem,
siga as borboletas
e esconda-se no azul,
desenhando formas
inspiradas no olhar dos mitos
devorando os mares.
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