O tempo reforma a fala
entorta a alma no vazio
da sala.
No ar
velhas notícias estalam
em novas palavras.
o trem não passará.
Há lama nos trilhos;
os pés se queimam,
movimentam a rua.
O tempo é nave incendiada.
É ave que passa,deixa rastros
e continua a voar.
domingo, 30 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Toda ausência
Toda ausência dói,
Extrai a lama
no fundo poço cavado
dentro da alma.
Toda ausência passa.
Dorme o homem.
No sonho canta
louvores aos céus.
Extrai a lama
no fundo poço cavado
dentro da alma.
Toda ausência passa.
Dorme o homem.
No sonho canta
louvores aos céus.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Poema quebrado
Corações desafinados
se quebram na ausência
de flores e abraços.
Se perdem, se afogam
nos punhos fechados
vertendo lágrimas.
Poemas
vestem a tarde
cheia de chuva.
Lavam, levam
desejos molhados
nos ciclos do sol.
Luares mofados
escondem estrelas.
Rios afogam
meus olhos cegos
quase quebrados.
Ventos desfiam nuvens
dentro dos mares.
se quebram na ausência
de flores e abraços.
Se perdem, se afogam
nos punhos fechados
vertendo lágrimas.
Poemas
vestem a tarde
cheia de chuva.
Lavam, levam
desejos molhados
nos ciclos do sol.
Luares mofados
escondem estrelas.
Rios afogam
meus olhos cegos
quase quebrados.
Ventos desfiam nuvens
dentro dos mares.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Sobre as águas
Ai, lá vem a chuva.
Leva os homens,
os cães,
as árvores;
os ventos movem
as casas,
rolam as pedras
ladeira abaixo.
Mas deixa um sonho:
O renascimento
sobre as águas.
Leva os homens,
os cães,
as árvores;
os ventos movem
as casas,
rolam as pedras
ladeira abaixo.
Mas deixa um sonho:
O renascimento
sobre as águas.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
o Buraco
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Ponteiros Parados
( Para Manoel de Barros )
No caminho das formigas,
há um poema inspirado.
Um rio escorre no lápis
entre os dedos lavados.
Sobre flores e fumaça,
uma missa celebrada:
o corpo magro, mínimo e velho,
se agasalha na fina poeira
dos ponteiros parados.
Pássaros voam entre as flores,
nuvens brancas e toalhas.
Em círculos, mesas redondas,
cadeiras e bundas quadradas.
No caminho das formigas,
há um poema inspirado.
Um rio escorre no lápis
entre os dedos lavados.
Sobre flores e fumaça,
uma missa celebrada:
o corpo magro, mínimo e velho,
se agasalha na fina poeira
dos ponteiros parados.
Pássaros voam entre as flores,
nuvens brancas e toalhas.
Em círculos, mesas redondas,
cadeiras e bundas quadradas.
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