quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ponteiros Parados

( Para Manoel de Barros )

No caminho das formigas,
há um poema inspirado.
Um rio escorre no lápis
entre os dedos lavados.


Sobre flores e fumaça,
uma missa celebrada:
o corpo magro, mínimo e velho,
se agasalha na fina poeira
dos ponteiros parados.

Pássaros voam entre as flores,
nuvens brancas e toalhas.
Em círculos, mesas redondas,
cadeiras e bundas quadradas.

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